Revistas Articulando e Construindo Saberes e Pihhy são publicações vinculadas ao Núcleo Takinahakỹ, destacam-se por promoverem saberes indígenas e pluriepistemológicos, contribuem para o fortalecimento da educação intercultural e a valorização das culturas originárias no Brasil.
Representam recursos fundamentais para professores da educação básica não indígena no manejo do ensino de história indígena. Ao oferecerem temas embasados em saberes e perspectivas indígenas, essas publicações não apenas suplementam currículos escolares, mas também ajudam a confrontar estereótipos e preconceitos enraizados na sociedade. Proporcionam, assim, um ambiente educacional mais inclusivo e respeitoso, capacitando educadores a abordarem temas históricos de maneira sensível e precisa, promovendo o entendimento e a valorização das culturas indígenas entre estudantes não indígenas.
A Revista Articulando e Construindo Saberes é uma iniciativa do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena (NTFSI) da Universidade Federal de Goiás (UFG), dedicada à publicação de artigos inéditos que promovem a articulação e construção de saberes sob uma perspectiva decolonial. Seu objetivo principal é valorizar e fortalecer epistemologias subalternizadas, com foco na revitalização de saberes e línguas indígenas. A revista se destaca por promover um diálogo interétnico e internacional entre povos ameríndios e pesquisadores interessados. Desde sua criação, tem sido uma plataforma para teorias pedagógicas plurais, deslocando-se dos referenciais eurocentrados para uma abordagem pluriepistêmica. Além de fomentar o debate acadêmico na educação intercultural, a revista contribui significativamente para o desenvolvimento de escolas indígenas diferenciadas e inclusivas, marcando uma inovação científica com seu sistema de publicação contínua de 2019 até 2022.
A Revista Articulando e Construindo Saberes surgiu no contexto da Ação “Saberes Indígenas na Escola”, integrada ao Programa Nacional dos Territórios Etnoeducacionais Indígenas, que visa proteger e promover os direitos educacionais dos povos indígenas no Brasil. Desde seu primeiro número em 2016, que abordou métodos de alfabetização baseados em conhecimentos indígenas, a revista tem desafiado os paradigmas educacionais convencionais, buscando integrar saberes tradicionais nas práticas escolares. Este espaço de diálogo não apenas celebra a diversidade sociocultural e sociolinguística dos povos indígenas, mas também enfrenta os desafios de uma educação que muitas vezes marginaliza ou deturpa esses saberes.
Mais informações: Revista Articulando e Construindo Saberes
A Revista Pihhy, cujo nome significa "semente" na língua mehi jarka do povo Mehi-Krahô, é uma iniciativa vinculada ao Programa Conexão Cultura e Pensamento, promovido pela Secretaria de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura (MinC). Concebida pela educadora, artista e líder Naine Terena, a revista visa promover a criação, produção e circulação de conteúdos de autoria indígena, baseados em conhecimentos ancestrais e plurais. Inspirada na metáfora da semente que garante o bem viver em uma roça tradicional, a Pihhy contribui para processos educacionais alinhados com a Lei 11.645 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, fomentando uma sociedade mais justa e equilibrada.
A revista adota uma abordagem editorial diversificada, oferecendo materiais em diversos formatos, incluindo escrita, áudio e audiovisual, valorizando a oralidade e as múltiplas formas de expressão presentes nos territórios indígenas. Seus temas abrangem educação, direitos, conhecimentos, política, ciência e artes, refletindo a riqueza e complexidade das culturas indígenas. Além de ser uma plataforma para o registro e sistematização de saberes ancestrais, a Pihhy destaca-se por contribuir para um debate plural sobre questões contemporâneas como sustentabilidade, democracia e relações sociais, fortalecendo a diversidade linguística e epistemológica no Brasil.
Essas revistas não apenas representam espaços de produção e compartilhamento de conhecimento, mas também são plataformas de resistência e resiliência, onde os saberes indígenas são valorizados e integrados ao discurso acadêmico e cultural de maneira profunda e transformadora.
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